domingo, 21 de novembro de 2010

O material não é tudo, mas ajuda!

“Devias mas era de investir em aulas de golfe para melhorares o swing, em vez de gastares dinheiro em material novo”.

Quantas vezes já ouvimos esta frase quando alguém compra material novo e o seu swing continua “velho”. Pois é, muitos de nós (incluindo eu) procuramos e compramos um Driver novo que nos dará uns metros extra (tenho um amigo meu que diz que eu devo bater o meu Driver a 1.500 metros, pois cada um que compro digo que me faz mais 15 metros que o anterior), os últimos ferros da marca “X” que nos farão bater melhor, os wedges da marca “Y” que nos vão fazer aproximar melhor à bandeira e o putter “XPTO” que vai meter todas as bolas à primeira.

Mas será que o material faz mesmo diferença, ou  sómente um bom swing resolve tudo?

Um bom jogador, um jogador médio ou mesmo um recém chegado ao golfe, pode beneficiar de material apropriado ao seu tipo de swing/jogo.  Se não vejamos, um jogador quando começa a jogar e não tem noção das especificações do material, compra o que lhe vendem, o que os amigos lhe aconselham (por vezes mal, mas sem ser por mal), o que ouviram dizer que o jogador  X, Y, ou Z anda a jogar. Mas será que a vareta do seu Driver/ferros é adequada ao seu swing, o lie dos seus ferros e putter é o adequado ao seu stance, a cabeça dos seus ferros é adequada à sua habilidade/treino/desempenho?

Não raras são as vezes que vemos jogadores de handicaps mais altos a jogar com ferros “blades” (acreditem que eu já vi) ou com offset mínimo, cabeças pequenas de mais, adequados para quem já tem o treino e a perícia para “trabalhar” a bola. Ou com a ponta dos seus ferros/putter muito levantada (sinal de lie muito upright) o que faz com que os seus shots saiam à esquerda sem ele perceber porquê, ou com um Driver com pouco loft e vareta stiff em demasia para a sua velocidade de swing e vôo de bola.

Muitas vezes apercebemo-nos que o baixo loft do Driver e vareta mais stiff é sinal de virilidade (especialmente ou essencialmente nos homens, claro) que alguns jogadores querem demonstrar, fazendo com que os seus scores continuem elevados, exclamando no final do jogo o facto de não entenderem a razão para que tal aconteça.

Mas atenção, também temos o contrário. Ou seja, o jogador que está “agarrado” aos seus velhos companheiros  de jogo (entenda-se material de golfe, claro) de à muitos anos e que por isso, não aproveitam as vantagens que as novas tecnologias empregues no golfe oferecem actualmente.

Costumo dizer que à medida que baixamos o handicap vamos ficando mais inteligentes, pois começamos a jogar com material mais “fácil” e adequado aos resultados que queremos/temos de produzir para justificar o tal handicap. Acreditem que é verdade, pois já passei por todo esse processo. Foi um processo de aprendizagem que poderia ter sido abreviado/evitado, se tenho recorrido aos serviço de pessoal especializado,  em vez de querer “inventar a roda”, se é que me faço entender.

Aconselho a olhar para o seu saco, verificar se o que o compõe está de acordo com o seu jogo e caso necessite de alterações, a visitar uma loja de golfe e informar-se do que pode fazer para reorganizá-lo de acordo com o seu tipo de jogo.  Até pode não necessitar de grandes alterações/trocas. Pode sómente necessitar de corrigir lies, ou substituir alguma peça do seu equipamento que esteja realmente desadequada.

Invista no seu material, invista no seu swing e acima de tudo disfrute e divirta-se com o melhor desporto do mundo.


Boas tacadas!!!!!!

Fernando Serpa

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