terça-feira, 19 de abril de 2011

Nos bastidores com … Ricardo Candeias!


Do sonho à realidade!

Ricardo Candeias teve o seu primeiro contacto com o golfe aos 6 anos de idade, por iniciativa do seu pai. Gostou de imediato. A partir dessa experiência começou a frequentar o Clube de Campo da Aroeira quase todos os fins-de-semana, acompanhando os seus pais, também jogadores de golfe e a desenvolver uma forte paixão pelo Golfe. Paixão que continuou a crescer até aos dias de hoje.
Por volta dos 8 anos de idade começou a jogar torneios, maioritariamente na Aroeira e aos 14 anos representou a Selecção Nacional pela primeira e única vez, num “match” contra a Selecção Espanhola em Valladolid, ao lado de excelentes jogadores como Tiago Cruz e Ricardo Santos. Continuou a jogar sem grandes objectivos até aos 18 anos (mas sempre com o sonho de ser jogador de golfe profissional), altura em que entrou para a Universidade e praticamente deixou de jogar/treinar, parando por completo durante dois anos, após ter ingressado no programa de mobilidade Erasmus.

Finalmente acabados os estudos e depois de uma passagem enquanto funcionário da empresa responsável pela construção do campo de golfe da Aldeia dos Capuchos, surgiu a oportunidade de levar o golfe mais a sério e tentar enveredar pelo profissionalismo. Era então handicap 5 e tinha para conseguir levar por diante este objectivo/sonho, um longo caminho pela frente.
Recomeçou a jogar provas da Federação Portuguesa de Golfe em 2007, tendo em 2008 obtido a sua primeira e única vitória no circuito Tranquilidade da F.P.G., no campo de golfe de Montebelo, terminando nesse ano nos 10 primeiros da ordem de mérito. Em 2009, embora não ganhando nenhum torneio, teve uma época bastante regular, terminando também dentro dos 10 primeiros da ordem de mérito.

Em 2010 passou a profissional e novos desafios se lhe depararam. Iniciou a sua carreira enquanto profissional contando desde logo com o patrocínio da Cleveland Golf e dos Laboratórios Edol, assim como o apoio da revista Golf2all. A partir de 2011 passou a contar com o patrocínio dos sapatos de golfe Lambda. Fortes e excelentes apoios para quem está a iniciar a sua carreira. Quando recebeu o patrocínio da Cleveland Golf, contou com um fitting realizado pelo Fitter Fernando Serpa, que o continua a apoiar no que diz respeito ao material com que joga e suas especificações

Participou em provas do IGT Tour em Portugal e Espanha, assim como do EPD Tour na Alemanha. Foi um ano de aprendizagem, que em muito preparou Ricardo Candeias para os desafios que se lhe avizinham. Em 2011, a sua primeira participação foi no circuito EPD Tour, no Cimar Open Samanah, em Marrocos, onde passou o seu 1º Cut neste circuito, terminando na 41ª posição.

Perguntamos a Ricardo Candeias, se a realização do fitting e o facto de passar a jogar com material Cleveland adequado às suas características, lhe trouxe efectivamente uma melhoria ao seu jogo:

O apoio/patrocínio que recebi da Cleveland Golf foi sem dúvida um factor determinante na melhoria do meu jogo, mas este apoio não pode ser dissociado de forma alguma, do fitting realizado pelo Fernando Serpa. Pese embora o facto do excelente material disponibilizado pela marca, a verdade é que o fitting é essencial para qualquer jogador, independentemente do seu nível de jogo. O fitting é sem dúvida um valor acrescentado.
Quero aproveitar para deixar uma palavra de agradecimento a todos os meus patrocinadores e apoiantes, a Cleveland Golf, Golf2all, laboratórios Edol, ao campo do Paço do Lumiar, Colin Smith e claro ao meu Fitter e grande amigo Fernando Serpa.”

Ricardo Candeias tinha um sonho, uma ambição e lutou por ela. O 1º passo está dado e agora, muitos outros se seguirão. Para todos os que possam ter alguma dúvida se um jogador que não fez uma carreira enquanto Amador de Alta Competição e nunca foi handicap zero ou plus, pode chegar longe, a resposta fica em aberto. O certo é que os seus patrocinadores, amigos e acima de tudo ele próprio acreditam.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Novas “armas” Cleveland 2011



Não sendo um veterano no Golfe, a minha memória da marca Cleveland é sobretudo feita dos magníficos wedges que à uns anos tive no meu saco e de uma soberba Madeira de Campo Launcher nº 5 (19º) com a famosa vareta Fujikura “Dourada”, com a qual dei o 2º shot que me possibilitou fazer o meu primeiro “Eagle” no buraco 9 do campo Aroeira I. Nunca me poderei esquecer da Cleveland, mais que não seja pelo 1º “Eagle” que a Madeira 5 me proporcionou. É óbvio que tempos depois, fruto da minha tendência consumista a troquei e me arrependi, claro!

A Srixon/Cleveland é hoje um Grupo de referência no panorama do Golfe Mundial, fruto da aquisição da Cleveland por parte da Srixon, o que veio fazer com que a união destas duas marcas as transforma-se num grupo forte, com produtos que se complementam e completam.

A Srixon/Cleveland apresentou para 2011 uma gama de material Cleveland onde se destaca a utilização das novíssimas varetas Miyazaki Kúa. Que eu saiba, A Srixon/Cleveland é a única empresa a utilizar Internacionalmente de série estas varetas, pois até ao momento a produção desta marca era exclusiva para o Mercado Asiático.
Como dado interessante, o jogador Cleveland Boo Weekley, começou a usar em 2010  a vareta Miyazaki C Kúa de 39 gr e como resultado, pelo facto de ter reduzido significativamente o peso global do seu Driver, aumentou a sua distância média.   O princípio é simples, está relacionado com uma maior velocidade que se consegue gerar na cabeça do Driver no momento do impacto na bola, face à redução de peso na vareta e concentração de maior massa na extremidade do Driver (cabeça do mesmo).
Pois bem, isso mesmo foi o que a Cleveland fez com a introdução de varetas super leves nos seus Drivers, Madeiras de Campo e Híbridos. Mas não pensem que por as varetas serem leves, são muito flexíveis ou têm torques que não “aguentam” swings potentes.  As varetas Miyazaki surpreenderam-me pela positiva.

Nos Drivers a Cleveland oferece actualmente 3 modelos. Eles são:

- Launcher TL310 (pesa 310gr), vareta Miyazaki C.Kua 59, swing weigth D4 nas habituais flexibilidades R, S e X;

 - Launcher SL 290 (pesa 290gr), vareta Miyazaki C.Kua 43, swing weigth D5 nas flexibilidades A, R, S e X;

- Launcher XL 270 e XL 270 Draw (pesam 270gr), vareta Miyazaki C. Kua 39, swing weigth D6, nas flexibilidades A, R e S.

Os lofts oferecidos são de 9º, 10,5º e 12º nos modelos XL 270 e SL 290, sendo que no TL310, os lofts são de 8,5º, 9,5º e 10,5º. O que se verifica, é que quanto mais leve é a vareta utilizada no Driver, maior é o swing weigth do mesmo, em função da maior massa concentrada na cabeça do mesmo. Ou seja, quanto mais leve a vareta utilizada, maior velocidade se vai conseguir gerar na cabeça do Driver. Todos os 3 modelos têm cabeças de 460 cc.
É certo que a Cleveland não está a utilizar nos seus Drivers as tecnologias de “afinação” de abertura/fecho da face, loft e lie, que outros seus competidores oferecem (fazem-no somente no seu novo Driver Srixon), mas temos aqui um Driver de formato conservador/tradicional, com tecnologia de ponta no que diz respeito à vareta utilizada de série e à redução de peso conseguida (para isso também contribuem grips leves e redução de peso nas cabeças), que vai encontrar muitos swings onde se “encaixar”. Testei-os e fiquei muito bem impressionado com estes novos Drivers. Fáceis de jogar, a leveza do conjunto vareta/cabeça é realmente um factor determinante na velocidade que se consegue aplicar no momento de impacto na bola.

A nova Madeira de Campo Launcher FL segue na linha da sua antecessora, em tudo o que de bom em si encerrava, mas com tudo o que de novo a Cleveland colocou ao serviço desta nova linha. Vareta Miyazaki C.Kua 43, lofts que vão desde os 13º (3+), 15º e 17º para as Madeiras 3 e Madeiras 5 e 7, com 19º e 22º respectivamente. Para mim, são as melhores Madeiras de Campo que temos actualmente no mercado, se equipadas com a vareta certa para o nosso swing. Fáceis de bater do Tee ou do Fairway, tal como as suas antecessoras, são as Madeiras de Campo mais equilibradas que actualmente temos ao dispor. Com isto não estou a dizer que as outras marcas não dispõem de excelentes Madeiras de Campo, mas estas na minha opinião, sobressaem-se das restantes pelo seu equilíbrio geral.

Por último uma referência aos novos Híbridos Mashie. Visualmente têm uma imagem de um taco antigo (cabeça de cor cinza “envelhecido”), tendo na sola o sistema GLIDERAIL (TM) SOLE DESIGN, que consiste num sistema de duplo rail, que facilita os shots de todos os tipos de lies e em especial de lies mais “apertados”. Claro que também vêm equipados com as varetas Miyazaki Hybrid C. Kua 59, nas flexibilidades A, R, S, X que lhe conferem um toque e “disparo” de bola estonteantes. De todo o novo material que aqui falei, os Híbridos são os que mais me surpreendem positivamente, tendo sido de todo o material que testei, o que mais se distanciou da já excelente gama que a Cleveland tinha apresentado em 2009/2010. Se tivesse de os caracterizar em duas palavras diria, “controlo com distância”.

Não me vou alongar mais, enunciando detalhes e características técnicas sobre este material, pois facilmente podem aceder ao mesmo em www.clevelandgolf.com, evitando assim também que alguns “leitores” me possam acusar de fazer “copy -paste” de elementos que obviamente não posso alterar, se não transcrever, para não correr o risco de inventar, algo que não posso nem devo fazer!

Como conclusão, reitero que temos na gama Cleveland 2011, material de excelente qualidade, equipado com varetas de excepção, usando o sistema “Ultralite Technology”, que vai surpreender e agradar a todos quantos decidam lhe dar uma oportunidade e experimentar estas novas “armas”.

Para quem costuma consultar a Hot Golf Digest List, poderá constatar que a Cleveland se encontra muito bem representada em 2011. Todos os seus 3 modelos de Drivers, Wedges e Putters receberam a classificação GOLD em 2011.

Em breve farei um artigo sobre os ferros e wedges Cleveland CG16.

PS: Sabia que Graeme McDowell trocou uma das maiores marcas de golfe mundiais pela Srixon/Cleveland Golf? Se ele confia e trocou, porque é que você não há-de confiar?

terça-feira, 12 de abril de 2011

Madeiras de Fairway! Que lofts usar?


Tenho enquanto Fitter, realizado ao longo dos últimos 2 anos imensos Fittings, aos mais variados tipos de jogadores. Profissionais, Amadores de Alta-Competição, assim como Amadores dos mais distintos handicaps e capacidades. Fruto desse trabalho, deixo aqui algumas considerações a ter em conta, quando colocar uma Madeira de Campo no seu saco.

As Madeiras de Campo, são peças fundamentais no nosso saco de golfe, pela sua utilização no Fairway ou no Tee, quando as características do buraco em que estamos a jogar assim nos "obrigam".

Quando um Amador (e aqui refiro Amador em geral, não o de Alta-Competição) olha para as Madeiras de Campo que tem no seu saco, deve de perguntar a si mesmo que distância  faz com a sua Madeira 3 (normalmente de 15º) e com a sua Madeira 5 (18º ou 19º). É vulgar encontrar Amadores que fazem mais distância com a sua Madeira 5 do que com a Madeira 3. Surpreendidos? Não devem de ficar. Isto tem uma razão de ser.
Um Amador de hcp médio/alto ou alto (não gosto muito de catalocar os jogadores por hcp no que concerne à análise que estou a fazer, pois existem jogadores que têm hcp alto, por via de um mau jogo curto), ou mesmo de hcp médio que tenha dificuldade em jogar a Madeira de Campo do Fairway, tem normalmente mais dificuldade em "levantar" a bola com a sua Madeira 3 do que com a sua Madeira 5. As razões para que isso aconteça são (no que diz respeito ao material, que é a minha área) o facto de a Madeira 3 ter menos loft que a Madeira 5 (15º na Madeira 3, contra os 18º/19º da Madeira 5) e também pelo facto da Madeira 5 ter a vareta mais curta, o que facilita a sua utilização, via um melhor controlo no movimento de swing.

O que fazer nestes casos? Bem, a solução é simples e está testada, inclusivamente por mim em imensos fittings realizados, onde esta situação se coloca.

Retire a sua Madeira 3 e 5 do saco e substitua por uma Madeira 4. Sim, Madeira 4. A vantagem é clara. Vai obter mais distância e controlo do que com a sua Madeira 3, pelo facto de ter um pouco mais de loft (normalmente 17º) e a vareta vai ser um pouco mais curta (em média 0,5"). Não necessita assim, até consolidar o seu swing e eventualmente baixar de hcp, colocar Madeira 3 e 5 no saco, que não o vão ajudar no seu jogo, até que tenha alcançado um patamar de controlo do seu swing, que possibilite potenciar as vantagens que a utilização de uma Madeira 3 e 5 podem oferecer.

As marcas de referência oferecem-lhe esta opção, tais como a Titleist, a TaylorMade, a Nike e Cleveland (esta chama Madeira 3 à sua Madeira de 17º), entre outras.

Se tem "problemas" com a sua Madeira 3 e se revê na análise que aqui fiz, experimente e comprove que terá melhores resultados com uma Madeira 4.

Boas tacadas!!!

Fernando Serpa