sábado, 12 de fevereiro de 2011

TaylorMade R11 - "O branco está na moda!"


Em Janeiro de 2009, a TaylorMade foi claramente revolucionária, ao introduzir o sistema “FCT” (Flight Control Technology), que consistia na possibilidade de desapertar o parafuso na base da cabeça do Driver e rodar a vareta, conseguindo-se desta forma alterações de loft, lie e abertura da face. Aliado ao sistema “MWT” (Movable Weight Technology) de 3 portas com pesos permutáveis, o R9 tornou-se na altura um Driver de referência no mercado, pela vasta oferta de possibilidades de ajustamento. Dessa forma pôde cobrir mais do que qualquer outra marca, juntamente com a oferta de varetas que disponibilizou, um maior espectro de jogadores/swings.

Agora em Fevereiro de 2011, a TaylorMade conseguiu melhorar o que foi considerado por muitos, como o Driver de referência dos últimos anos no Golfe. Para isso criou o R11.

Mas em que é que o R11 é melhor que o seu antecessor?
O sistema MWT” (Movable Weight Technology) de 2 portas com pesos permutáveis, já nosso conhecido do R9 SuperTri mantém-se, assim como o sistema FCT (Flight Control Technology), que nos dá a possibilidade de alterar loft, ao desapertar o parafuso na base da cabeça do Driver alterando as suas especificações. A cabeça tem 440 cc (vamos ver quanto tempo a TaylorMade demora a lançar o R11 com 460cc). A maior inovação, prende-se com a introdução do sistema “ASP” (Adjustable Sole Plate), que permite abrir e fechar a face do Driver, independentemente da alteração de loft, o que até aqui não acontecia com o R9. Este sistema, vem permitir alterar o loft do Driver, sem que com isso tenhamos de abrir ou fechar a face, como acontecia no seu antecessor. Parece uma “pequena” alteração, mas garanto-vos que faz toda a diferença, na procura das especificações certas para um jogador.

Além da introdução do sistema “ASP”, como principais novidades o R11 apresenta também um formato de cabeça mais aerodinâmico (rounded crown), reduzindo assim a resistência ao ar no down swing, permitindo dessa forma que, com a mesma velocidade de swing se consiga gerar mais velocidade na cabeça do Driver e a cor branca da coroa, conjugada com a face preta, facilita o alinhamento no address.

A juntar a toda esta inovação e de forma a “fechar” este pacote de inovações, a TaylorMade colocou de série no seu
R11 a vareta Fujikura Blur 60 e 65 (outras opções estarão também disponíveis). Esta vareta é a mais recente pérola da Fujikura (http://www.fujikuragolf.com) que usa como slogan “the  fastest shaft in golf”. Para isso contribuem as muito leves fibras de carbono, que estão na base do fabrico desta vareta.
 
A vareta Fujikura Blur 60 é oferecida em flexibilidades X (60g), S (59g), R (58g) e M (56g), com torque de 3,5º à excepção da flexibilidade M que tem um torque de 3,7º.
A vareta Fujikura Blur 65 só tem flexibilidades X (64g), S (63g), e R (63g), com torque 4,1º.
Pelas especificações apresentadas de ambas as varetas, podemos verificar que a 65, apesar de mais pesada, é claramente mais “macia” na mão ao toque pelo torque que apresenta, sendo que mesmo a 60 com torque 3,5º não se sente “dura”, mas por ventura se ajustará melhor a velocidades de swing um pouco mais rápidas.

Para já, a TaylorMade disponibiliza o seu R11 com lofts de 9º e 10,5º.

Experimentei o R11 9º com vareta Fujikura Blur 60 Stiff. Achei a conjugação cabeça/vareta simplesmente “espectacular”, apesar de como sempre digo, as varetas só são boas se estiverem adequadas ao nosso swing. A cor branca da cabeça, facilita realmente o alinhamento e dá confiança no address. Para obter o melhor desempenho possível e após vários testes, coloquei o sistema “FCT” neutro, o sistema “MWT” com o peso de maior gramagem junto à vareta e o sistema “ASPopen, ou seja com a face aberta. Não consigo afirmar ou confirmar se consegui distância adicional com este Driver em relação ao seu antecessor (apesar dos estudos que a TaylorMade efectuou comprovarem que se consegue distância adicional média de 6 jardas, comparativamente ao SuperTri), mas acima de tudo senti muita consistência nos tee shots. Isso para mim, é o mais importante.

Posso dizer que este
R11 não me surpreendeu. Não porque a tecnologia empregue não seja de ponta ou os materiais utilizados de invejável qualidade, mas porque vindo da TaylorMade, já nada me surpreende. Estão sempre à frente no que toda a inovação.

Quando ler este artigo, o R11 já deve de estar disponível nas lojas. Excelente oportunidade para testar e descobrir a configuração e vareta, que melhor encaixa no seu swing.

PS: Atenção, porque o Driver R11, não vem só. Muito em breve teremos também a Madeira de Campo e o Híbrido. E tudo “vestido” de branco, claro!


Boas tacadas!!!!!!
Fernando Serpa
fserpagolfe@sapo.pt

TaylorMade Burner Superfast 2.0

Comprido, muito comprido e branco!

Não se trata simplesmente de um restiling. O novo Driver TaylorMade Superfast 2.0 está melhor que o seu antecessor.

Contudo existem pontos em comum entre o Burner Superfast e Burner Superfast 2.0. As varetas que equipam o 2.0 são as mesmas que no anterior Superfast. Tanto na versão standard, como na versão TP. A extremamente leve Matrix XCON 4.8 na versão standard (entre 44g e 46g dependendo da flexibilidade) e a Matrix XCON HD6 (X-Stiff e Stiff 65g) e XCON 5 (Regular 56g), na versão TP. Na versão standard o comprimento da vareta mantêm-se em 46,5”, bastante comprida por sinal, possibilitando dessa forma gerar maior velocidade na cabeça do Driver. Curiosa é a diminuição de 46” para 45,5” nas varetas da versão TP. Será para mais controlo?

O que difere e foi melhorado na versão 2.0, além da introdução da cor branca na coroa do Driver, que em contraste com a face preta facilita um melhor alinhamento no address, foi a redução do peso, passando para 279g, sendo assim o Driver mais leve que a TaylorMade jamais produziu. A face mais larga e mais baixa, promove um Centro de Gravidade (CG) mais baixo e posicionado atrás, aumentando assim o ângulo de lançamento e simultaneamente reduzindo o spin.
Novo formato da cabeça, mais aerodinâmico, com tecnologia de cone invertido na face, cria o maior sweetspot que a TaylorMade já apresentou num Driver.

Se quando escrevi um artigo de opinião sobre o Driver Burner Superfast o caracterizei numa palavra como “comprido”, agora na versão 2.0, tenho de caracterizá-lo em duas palavras. “Muito comprido”.




De resto, tudo o que o Burner Superfast apresentava como valor acrescentado, mantém na versão 2.0.
Quando se bate o Superfast 2.0 a noção com que ficamos é que o nosso arco de swing é maior, que com a nossa velocidade de swing normal se gera mais velocidade na cabeça do taco e que a bola anda mais do que o que estamos habituados (salvaguardo sempre o facto de termos para isso, de estar a jogar com a vareta adequada ao nosso swing).

O formato, a leveza e o elevado MOI da cabeça do Burner Superfast 2.0, faz com que o classifique como um Driver fácil de bater. É por isso, um taco que serve um vasto leque de jogadores/swings, entre a versão standard e TP, nos mais variados lofts e varetas disponíveis.

Encontrei na versão TP com a vareta Matrix XCON HD6 Stiff e 10,5º de loft, a especificação ideal para o meu swing, gerando um ângulo de lançamento e um spin que me garante um voo de bola consistente com uma relação distância/precisão, acima da média que até aqui tinha encontrado.

Se esta pérola seduziu o “Fashion PlayerCamilo Villegas, não o irá seduzir a si também?

Já disponível numa loja de golfe perto de si.

Boas tacadas!!!!!!
Fernando Serpa
fserpagolfe@sapo.pt

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Os Drivers, os lofts e as varetas!!!


Como Fitter, uma das coisas que mais tenho visto quando analiso o equipamento dos jogadores a quem vou fazer um fitting, é Drivers com loft a menos e varetas desadequadas (Stiff ,rijas/duras de mais).

Já escrevi diversas vezes, que acho que os jogadores de golfe (homens) devem sentir que mais loft e varetas mais "suaves" (menos stiff),  representam menor masculinidade ou virilidade. Sabia que o nº 1 do mundo (Lee Westwood) joga com um Driver Ping G15 com loft 11º?

Todos nós temos parceiros de jogo que batem a bola baixa e cortada, fruto de um péssimo ângulo de lançamento e vareta desadequada. Sinto muitas vezes, que ao comentar que a bola está a sair muito baixa, ou seja com pouco ângulo de lançamento, os jogadores discordam e acham até que a bola vai muito alta e que se fosse ainda mais alta, não andaria muito. Então se estiver a jogar contra o vento, comentam os jogadores, a bola sobe e não anda para a frente.

Mais ângulo de lançamento não significa obrigatóriamente mais loft e menos ângulo de lançamento também não significa obrigatóriamente menos loft.

Se observármos jogadores de golfe profissionais, vimos que batem as bolas mais altas que nós amadores e que elas andam muito, mas mesmo muito. Claro que as nossas velocidades de swing, não se comparam e também não treinamos como eles treinam, mas que os bons exemplos são para seguir, isso ninguém pode negar.
O que necessitamos é de conseguir um vôo de bola suficientemente "alto" conjugado com níveis de spin relativamente baixos para com isso potenciar um maior vôo de bola no ar ( e contra o vento, andam na mesma). Mais "carry" com menos spin, significa que a bola terá um ângulo descendente menor e assim quando "aterrar" ainda fará uns metros extra de rolamento. Mesmo contra o vento, voará muito. O que é muito perigoso contra o vento, são os efeitos que normalmente imprimimos na bola (slice ou hook) que geralmente são potenciadores de bolas curtas e fora do campo.

Para se conseguir maximizar a distância, temos de encontrar a melhor relação loft/vareta, por forma a encontrar o melhor ângulo de lançamento com os níveis de spin adequados. Também não se pense que não queremos spin na bola, pois necessitamos dele na quantidade certa.

Se queremos aumentar o nosso ângulo de lançamento com menos spin, deveremos procurar aumentar o loft do nosso Driver, conjugando depois com uma vareta que nos reduza os níveis de spin, através de um "kick point" (ponto de quebra) mais alto e/ou maior peso da vareta, conjugado com o torque da mesma.

No caso de termos um jogador que imprime um baixo nível de spin na bola, e necessitemos de lhe melhorar o ângulo de lançamento, podemos conseguir a relação adequada  mantendo o loft e conjugando com uma vareta com um "kick point" mais baixo , mais leve e mais soft.

Estas são algumas das muitas variantes que são de extrema importância na adequação do Driver ao swing do jogador (muitas mais existem, mas também não se podem desvendar todos os segredos do "negócio").

Deixo como conselho que antes de trocar de Driver e caso não faça um fitting,  analise o seu voo de bola e ângulo de lançamento, pois ele diz-lhe de imediato se o Driver com que joga está adequado ao seu swing.

Boas tacadas!!!

Fernando Serpa