Muitas vezes quando experimento um novo Driver e consigo um pouco mais de distância, costumo dizer “ ganhei mais 10 metros com este Driver”. Alguns amigos brincam comigo quando me vêem a testar um novo Driver para sobre ele fazer um artigo de opinião, perguntando-me se ganhei mais uns metros e se assim, ao fim de testar tantos, já bato a 600 metros de distância.
Claro que achando que batemos sempre mais um pouco mais com a nova “bomba” que se está a experimentar em comparação com o que estávamos a utilizar, é sempre legítimo que nos questionem, se não estamos já a fazer de 600 metros de distância em carry.
Brincadeira à parte, porque razão se deverá então mudar de Driver? Se batemos bem com o Driver que temos no saco, porque razão mudar?
É certo que as poderosas “máquinas” de Marketing das principais marcas de material de golfe, fazem um trabalho notável na criação de necessidades que pensávamos não ter, levando-nos com isso a trocar o material que até aí funcionava na perfeição, na esperança de atingirmos o resultado que se revelava inatingível, mas que por momentos sonhamos possível.
Mas será que é tudo Marketing? Será que não temos nenhum benefício prático em trocar o modelo do ano passado pelo que o substitui este ano?
Claro que temos vantagem e faz sentido trocar (se tivermos uns euros de parte para o fazer), pois as marcas quando fazem alterações em modelos que comercializam, ou lançam modelos novos, incorporam novas tecnologias que fruto de muito trabalho de pesquisa e desenvolvimento, trazem benefícios aos utilizadores.
Alterações no posicionamento do Centro de Gravidade, introdução de materiais mais leves mas simultaneamente mais resistentes na sua produção, novas varetas, incorporação de sistemas de afinação que permitem adequar o material ao tipo de swing do jogador, entre outros, são factores que ajudam a melhorar a qualidade do nosso jogo.
Podemos não conseguir mais distância, o que nem sempre é o mais importante. A consistência dos shots, a melhoria da “qualidade do shot falhado” (esse é para mim o principal factor pelo qual devemos trocar de material, aliado à componente técnica do swing que deve ser trabalhada com um bom profissional de ensino) e a adequação do material ao nosso swing, são os factores determinantes para mudar de material.
A distância não é tudo, mas é também um factor de sucesso no nosso jogo. Contudo, já verificou quantos dos jogadores mais compridos do PGA Tour ou do European Tour estão entre os 10 primeiros das respectivas ordens de mérito?
Veja se o material que tem no seu saco é adequado ao seu swing e se não for, procure um Fitter experiente e credível, que lhe aconselhe o material adequado.
Boas tacadas!!!
Fernando Serpa
Por isso é que costumo dizer que o golfe não é um jogo de "saídas", mas sim um jogo de "entradas"!
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