segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

9 Buracos com … Pedro Figueiredo! O melhor golfista amador Português da actualidade!*


Estive com Pedro Figueiredo em Agosto, antes da sua partida para os Estados Unidos, a jogar 9 buracos de golfe.
Pelos resultados até hoje conseguidos, é sem dúvida o melhor golfista Amador Português da actualidade. O seu palmarés e curriculum são, por todos os que partilham esta paixão pelo golfe, conhecido e reconhecido. Trata-se de um jovem que tem um sonho. Espera dentro de 4 anos, regressar dos Estados Unidos, onde actualmente estuda e joga (UCLA), para se tornar profissional de golfe. Trabalha muito, dedica-se de corpo e alma e faz sacrifícios pessoais para o vir a alcançar. Como nota, assim que disputou o primeiro Torneio de Golfe pela sua Universidade, em termos pessoais conquistou um excelente 2º lugar (-6 no agregado da prova) no Stadium Course em PGA West.

Jogamos os primeiros 9 buracos da Quinta do Perú Golf & Country Club, que se apresentava como sempre, em excelente estado. Um campo de referência, que é um desafio para jogadores de qualquer handicap. Quero deixar uma palavra de agradecimento ao Salvador Costa Macedo, pela simpatia e disponibilidade com que me recebeu, disponibilizando o campo para levar a cabo este artigo. Os campos de golfe, não são só Farways e Greens, são também e essencialmente, quem está nos bastidores a preparar o “palco” de jogo.

Em cada tee, formulámos uma questão a Pedro Figueiredo:

Tee 1. O que tem no seu saco e porquê?

. Driver Ping G10 com 9º de loft, com vareta Aldila NV Prototipo70 Stiff;
. Farway wood nº 3 14º Ping G10, com vareta Aldila NV 75 Stiff;
. Híbrido Ping G10 18º de loft, com vareta Aldila NV 85 Stiff;
. Set ferros Ping S57 2-PW, com varetas aço True Temper Dynamic Gold S300;
. Wedges 52º bounce 8º Titleist Vokey , 58º bounce 8º Titleist Vokey Spin Milled ;
. Putter Ping Anser iWi 34”;
. Bola Titleist Pro V1x (modelo 2009);

(Dependendo do campo, alterna no saco entre ferro 2 e híbrido de 18º.)



Jogo com material Ping (à excepção dos wedges) porque foi a primeira marca que se disponibilizou a apoiar-me com material. Até hoje, já passaram 4 anos e continua a ser o material que eu gosto, que se identifica comigo. Gosto imenso do feeling dos ferros. Com as madeiras da Ping, é fácil controlar a bola. O putter da Ping também. Tenho tido bons resultados com este putter, em especial ultimamente. Estou contentíssimo com o material que jogo.


     Tee 2. O que é para si uma boa partida de golfe (social ou competição)?

Para mim dá-me mais gozo jogar competição, pois nós jogadores da Alta -Competição temos sempre aquela vontade de competir, ganhar aos outros jogadores, melhorar o nosso jogo e ganhar Torneios. É para isso que treinamos, para ganhar Torneios e jogar bem, por isso sem dúvida que uma partida de competição, dá-me mais “pica” e mais gozo jogar.

Tee 3. Quais os critérios de escolha do material com que joga?

Em primeiro lugar o material tem de se adaptar às características físicas do jogador, por isso é que se faz fittings. Depende muito também do feeling. Depois o campo pode influenciar muito a escolha dos tacos. Por exemplo, um campo com vento, um campo links, a vareta do Driver será diferente daquela que se usará num campo mais pesado, onde se deverá jogar a bola mais alta. Por isso acho que o campo e as condições climatéricas influenciam muito a escolha do material.


Tee 4. Strokeplay, matchplay ou stableford?

Eu acho que Strokeplay é o jogo mais justo e onde se vê verdadeiramente qual o melhor jogador da partida. Eu sinceramente adoro jogar Matchplay. Acho que é a modalidade que me dá mais gozo jogar, porque jogo mais descontraído, mais livremente, pois apesar de todos os shots contarem se vamos por exemplo “out of bounds” acaba só por se perder um buraco. Mesmo assim, tenho de reforçar, o Strokeplay é um jogo mais justo.


Tee 5. Qual é na sua opinião a importância do fitting no golfe?

Acho que o fitting é essencial, porque por exemplo, eu que sou um jogador alto, não posso jogar com um ferros de comprimento standard. As minhas características físicas, pedem que os tacos sejam adaptados a essa minha altura, porque se não, faz uma diferença enorme. Teria de fazer um swing adaptado (com correcções) ao material, em vez do material estar adaptado ao meu swing. Por isso, se tem vindo a dar cada vez mais importância ao fitting. Hoje todos os profissionais, jogam com material feito á sua medida, pois se assim não fosse, os seus swings teriam de ser alterados para se adaptar ao material.


Tee 6. Sobre pressão no golfe, como age ou reage?

Eu acho que uma pessoa sobre pressão tem essencialmente de agir naturalmente. Não se deve agir de forma diferente sobre pressão. Deve-se manter a mesma rotina, manter a calma, agir descontraidamente, pois só assim se vai conseguir jogar normalmente como se estivesse a jogar com os amigos. Se uma pessoa estiver a reagir a determinadas circunstâncias, todo o seu jogo vai ser alterado e depois os resultados não saem como pretendido. Por isso acho que uma pessoa deve agir sempre naturalmente, como se de uma volta normal entre amigos, se tratasse.


Tee 7. O que aconselha a quem se está a iniciar no golfe?

Em primeiro lugar ter material adequado para se iniciar, é muito importante. Por isso um fitting é importante. Depois é preciso saber que é preciso algum treino e alguma paciência para se entrar no jogo, pois no início não é um jogo fácil. A partir do momento em que se começa a progredir, torna-se um vício e uma pessoa adora jogar, adora ver que está a melhorar, ver o seu handicap a baixar. Por isso é preciso paciência no início quando se vai para o campo, até se começar a acertar bem na bola e depois tal como disse o equipamento é importantíssimo para o jogador se iniciar bem no golfe.

Tee 8. Qual foi até hoje, o seu melhor shot?

O meu melhor shot até hoje, foi sem dúvida um putt no British Boys o ano passado (2008), na final. Era Matchplay, eu ia 1 down para o 18 e tinha um putt de 12 metros para birdie e ir a playoff. Era sem dúvida um dos shots mais importantes da minha carreira, pois estava a discutir um dos mais prestigiados Torneios a nível júnior. Foi um putt perfeito, ligeiramente da direita para a esquerda. Desde que ela saiu, vi a bola no buraco e depois a bola entrou, fui a playoff e ganhei o Torneio. Foi um putt que me deu o British Boys, pois se não o metesse perderia no buraco 18. Por isso foi o meu melhor shot até hoje.

Tee 9. Que material aconselha comprar, a quem se está a iniciar no golfe?

Eu acho que a quem se está a iniciar no golfe, é fundamental material que facilite a execução das pancadas, facilite jogar golfe. Se uma pessoa começa a jogar golfe e opta por uns ferros difíceis de jogar (ou até para quem já tem alguns anos de golfe), acho que vai ter muitos problemas e não se vai divertir tanto. Não vai tirar partido desse material. Vai acabar por achar o golfe demasiadamente difícil. Por isso acho que uns tacos que facilitem, aconselhados por um profissional ou por quem está credencioado para o fazer, são a melhor maneira de começar.

Pergunta “Mullingan”. Quais os objectivos que pretende atingir no Golfe?

A longo prazo, quando for profissional eu gostava de ser o melhor jogador do Mundo. È o meu sonho. Acho que posso chegar lá, lutando muito, pois não será nada fácil. È muito difícil, mas vou fazer tudo, pois é esse o meu objectivo, o meu sonho.
Até lá muitas coisas se vão passar, os estudos 4 anos nos Estados Unidos, depois voltarei para jogar profissionalmente. Mas o meu objectivo máximo, é ser o melhor jogador de golfe profissional, do Mundo.



Procurámos e esperamos ter dado a conhecer um pouco deste jovem, que é uma já hoje uma realidade no panorama do Golfe Nacional e Internacional. Esperamos e desejamos, que o sonho do Pedro, se transforme em realidade. Precisamos de mais jovens como o Pedro Figueiredo a jogar golfe, para que este “nosso” desporto, possa alcançar um dinamismo e projecção que todos ambicionamos.

Ficaremos atentos ao seu futuro.

Boas tacadas!!!!!!
Fernando Serpa

*escrito e publicado em 2009

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