Pelo trabalho que desenvolvo na área dos fittings e dos artigos de opinião sobre equipamento de golfe, onde testo todo o equipamento disponível no Mercado Nacional (e não só), recebo muita informação (uma privilegiada, outra de acesso público) das principais marcas de golfe mundiais.
Nesta altura do ano, as marcas começam a levantar a ponta do véu sobre o que vão ser os seus produtos 2013. Algumas novidades são mesmo lançadas por antecipação em Novembro/Dezembro de 2012.
Decidi escrever este texto, porque ainda hoje recebi informação de uma das principais marcas de golfe mundial, a anunciar o seu novo Driver 2013, como o mais longo do mercado. Ao ler o e-mail e ver o vídeo, pus-me a pensar que a forma comunicacional encontrada pela marca em questão estava muito bem estruturada e levaria os golfistas mais consumistas, ávidos de mais uns metros (mesmo sacrificando a precisão) a comprar, logo que chegue às lojas.
Eu sigo o lema de “quando a fartura é grande, o pobre desconfia”. Se eu colocar 5 Drivers das 5 principais marcas de golfe, todos com a vareta standard que os equipa de fábrica e com o mesmo loft, regulados neutral (para o caso de alguns terem regulação de hosel) e os colocar num robot, regulado à mesma velocidade de swing, para que nenhum factor varie no teste, posso garantir que o Driver que neste teste projecte a bola mais longe, é o mais comprido? Posso dizer que é o mais comprido para a velocidade de swing programada, mas os resultados seriam diferentes se eu testasse com mais ou menos velocidade de “swing”, pois o comportamento das varetas também se alterava.
Pois bem, o que quero alertar aos golfistas/consumidores de tacos de golfe, é que seja qual for o Driver, de qualquer marca ou modelo, só após uma cuidadosa análise da relação cabeça/vareta, poderemos aferir se o mesmo vai ser realmente o Driver mais comprido do mercado, mas para “NÓS”. Isso é o que realmente importa.
É certo que as marcas de golfe pretendem vender o maior número de tacos standard nas lojas, muitas das marcas com a possibilidade de afinação, dizendo que com essa possibilidade o jogador poderá “afinar” o Driver às suas especificações. Mas se só isso chegasse, os tacos sem possibilidade de afinação não serviam aos jogadores? A vareta é o “motor” de um taco e a prova disso, é que se colocarmos 2 varetas distintas na mesma cabeça, obtemos comportamentos distintos.
Nesta época que se avizinha, onde o consumo está bem presente, caso vá mudar de Driver, Madeiras, Híbridos, Ferros, Wedges ou Putter, faça previamente um fitting e compre material adequado às características do seu swing.
Até pode ser que a marca ou marcas que se anunciam como as detentoras dos Drivers mais compridos do mercado tenham razão no seu “caso”, mas na maior parte das vezes não vai ser assim.
Até pode ser que a marca ou marcas que se anunciam como as detentoras dos Drivers mais compridos do mercado tenham razão no seu “caso”, mas na maior parte das vezes não vai ser assim.
O que realmente importa num Driver ou noutro taco novo que as marcas lançam para o Mercado, é verificar se as alterações, modificações, inovações introduzidas, no novo ou remodelado modelo, são uma mais valia para as especificações do nosso swing, se vão de encontro às nossas necessidades e se acima de tudo, nos trazem um beneficio claro e inequívoco ao jogo. Quantas vezes já ouviram alguém dizer “tinha um driver que batia tão bem, agora comprei este novo da marca X e perdi distância e consistência"?
Quando pedir ao “Pai Natal” um Driver ou taco novo, peça-lhe também um fitting para que o seu golfe em 2013 seja realmente melhor.
Boas tacadas!!!
Fernando Serpa
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