R11s & R11s TP
“O branco continua na moda”
Quando a TaylorMade lançou o Driver R11 com uma cabeça de 440 cc, a questão era desde logo saber quando lançaria um modelo com uma cabeça de 460 cc. É certo que as cabeças mais pequenas agradam e vão mais de encontro às necessidades dos jogadores talentosos e portadores de swings consistentes, mas o maior mercado é o dos jogadores de handicaps médios e médios altos, pelo que nesses segmentos vamos encontrar a maioria dos potenciais clientes.
Assim, era de prever que mais cedo ou mais tarde tivéssemos à disposição uma versão “maior”. Pois bem, passado um ano, eis que a TaylorMade nos presenteia com o seu novo R11s e R11s TP.
Mas o R11s é somente maior que o seu antecessor? Claro que não. A TaylorMade aproveitou e colocou-lhe um pouco mais de tecnologia à disposição dos jogadores, tornando-o não só mais fácil de jogar, mas também com mais possibilidades de adaptação ao swing dos diferentes jogadores.
Mantêm-se do modelo anterior, o sistema MWT (Movable Weight Technology) de pesos permutáveis que permite alterar o centro de gravidade do Driver e assim promover um voo de bola neutro ou em draw. Um peso de 10 gr e um peso de 1 gr, podem ser colocados de forma a ajustar o tipo de voo de bola que melhor se adapta ao swing do jogador.
O sistema FCT (Flight Control Technology) permite agora aumentar ou diminuir o loft em 1,5º.
O ASP (Adjustable Sole Plate Technology) que permite alterar o grau de abertura da face do Driver, foi melhorado face ao utilizado no Driver R11, oferecendo agora 5 diferentes posições de afinação. Uma amplitude de 6º, permite agora abrir ou fechar a face em 3º no novo R11s e R11s TP.
Resumindo, o novo R11s permite aumentar ou diminuir o loft em 1,5º, abrir ou fechar a face até 3º e alterar o centro de gravidade através dos pesos permutáveis e assim desenhar um voo de bola neutro ou em draw.
Tudo isto em conjugação com a tecnologia de cone invertido (ICT), que promove mais velocidade da bola nos shots descentrados e uma cabeça de 460 cc, fazem com que este novo Driver da TaylorMade esteja uns passos à frente do seu antecessor. E claro, continua a ser pintado de branco.
É sem dúvida o Driver com mais possibilidades de afinação que a TaylorMade já produziu até hoje (3D Tuning- loft, ângulo da face e voo de bola afinados independentemente), possibilitando assim que o mesmo se adeqúe a um maior espectro de swings/jogadores.
Com lofts de 9º, 10,5º e 12º, um lie standard de 59,9º, um comprimento de 45,75” e um Swing Weight D4, este novo Driver vem equipado de série na versão R11s com uma vareta em grafite Aldila RIP PHENOM 60 nas habituais flexibilidades X, S, R e M.
A versão R11s TP mantém as especificações da cabeça iguais à da versão base, à excepção do lie que é de 61º e vem equipada com uma vareta de grafite Aldila RIP PHENOM 65 TP, aqui nas flexibilidades X, S e R.
Outras opções de varetas serão posteriormente disponibilizadas pela marca.
Achei o novo R11s simplesmente “espectacular”. É verdade que o seu antecessor já me tinha deixado muito bem impressionado, após um pequeno período de adaptação à cor branca (a cor branca hoje em dia já está incorporada no quotidiano dos jogadores), mas o novo R11s é ainda melhor.
Não só como jogador mas também como fitter, tenho de reconhecer que as características e possibilidades de afinação deste novo Driver facilitam a sua utilização, assim como possibilitam a que o jogador possa encontrar a melhor combinação dos sistemas que são oferecidos, às características do seu swing.
A cabeça de 460 cc vai inspirar mais confiança ao address, especialmente aos jogadores de handicap médio, médio/alto.
Esta nova cabeça “senta-se” muito bem no address apesar do seu tamanho, podendo garantir que não nos sentiremos perante um “monstro”, pois os 460 cc são algo a que hoje já estamos habituados nas diferentes opções que o mercado nos oferece.
Como principal vantagem em relação ao seu antecessor, destaco a “facilidade” de utilização, em especial nos shots descentrados. Consegui uma melhor afinação do R11s ao meu swing, assim como distância adicional comparativamente ao R11 versão base. Para ser honesto, tenho de referir que a distância adicional se pode dever a uma melhor adequação da Aldila RIP PHENOM 60 ao meu swing, mas a facilidade de utilização é certamente fruto da maior volumetria da cabeça e também do sistema ICT (Tecnologia de cone invertido).
Acima de tudo consegui obter um padrão de “tee shots” muito consistente e isso é para mim o ponto mais importante para aferir da “qualidade” do Driver, para o meu tipo de swing.
Uma pergunta vai-se apoderar da cabeça de todos aqueles que têm hoje no seu saco o Driver TaylorMade R11. Vai-me trazer alguma vantagem trocar o meu R11 pelo novo R11s?
Claro que sim. Só o facto de dispor de uma cabeça mais volumosa, inspiradora de maior confiança no address, distância adicional nos shots descentrados, mais opções de afinação para melhor se adequar ao seu swing (mais opções de loft, ângulo de face e voo de bola) e uma nova vareta que face às características que apresenta acolherá um maior leque de swings, justifica a troca.
Recomendo vivamente a que experimente este novo Driver e se possível faça um fitting com um fitter experiente que o possa aconselhar e adaptar o novo R11s às características do seu swing.
PS: Atenção, porque o Driver R11s, não vem só. Também traz a companhia das Madeiras de Fairway. E tudo “vestido” de branco, claro!
Boas tacadas!
Fernando Serpa
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